Por
incrível que pareça, tinham o mesmo comprimento da primeira geração, mas
ofereciam mais espaço interno e no porta-malas, graças às linhas mais
“volumosas”.
Os
amplos faróis, agora retangulares e envolventes com piscas acoplados, estavam
em sintonia com o design da época.
A
grade possuía um inédito desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de
ar era mais intensa em baixas velocidades que em altas.
OBS: apenas
em 1978 a lente dos piscas dianteiros teve a cor laranja.
A
traseira do Corcel II tinha caimento suave e amplas lanternas retangulares, que
agora eram envolventes e mais elegantes (lisas somente em 1978). A lista de
itens de segurança incluía pneus radiais, para-brisa laminado e coluna de
direção retrátil.
Sua
grande área envidraçada permitia ótima visibilidade e o amplo porta-malas
chegava a 768 litros (até o teto), apenas 6 litros menos que o da rival
Chevrolet Caravan. A Belina II superava, neste quesito, a Fiat Panorama, o
Chevrolet Marajó e o VW Variant II, recém lançado e que mais se assemelhava a
uma "Brasília esticada". Interessante é que todas essas peruas eram
oferecidas apenas com 2 portas!
Para
favorecer o acesso ao banco traseiro, a única porta de acesso lateral ficou
enorme e pesada, dificultando a entrada e saída das pessoas em vagas apertadas.
A porta era tão comprida que o cinzeiro para os passageiros do banco de trás
ficava embutido nela!
A
alavanca do freio de estacionamento finalmente ficou entre os bancos
dianteiros, saindo da parte de baixo do painel.
A
ventilação dinâmica, de grande vazão, dispensava a ventilação forçada.
Mas
a Ford “comeu mosca” ao deixar de oferecer uma versão 4 portas do Corcel II e,
principalmente, da Belina II (vide protótipo e projeção abaixo):
O Corcel II GT (abaixo) ficou meio espalhafatoso com a carroceria em dois tons, separados por um filete vermelho. A parte de cima, preta, contrastava com a parte de baixo. Mas a ideia não agradou, e logo a parte preta ficou restrita à parte inferior da carroceria.
O motor 1.4 teve a potência reduzida para 72 cv. Inadequado para os novos modelos, mais pesados, prejudicou o desempenho (agora, de 0 a 100 km/h eram gastos eternos 21 segundos) e a velocidade máxima caiu para 135 km/h, dificultando as ultrapassagens. Ao menos, era econômico e isso fazia a diferença naqueles anos de crise do petróleo e gasolina cara e escassa.
Os
novos rivais do Corcel e Belina II eram os VW Passat e Variant II, os Chevrolet
Opala, Caravan e Chevette, o Dodge Polara e até mesmo a linha Fiat 147. Mesmo
assim o Corcel e Belina II fizeram um tremendo sucesso e marcaram época! A tal ponto que ainda em 1977, quando o
Corcel II (modelo 1978) foi lançado, a concessionária Caltabiano Veículos S/A
(SP) super-produziu um Corcel II e lhe deu o nome “Assinado” (abaixo):
Esse "Corcel II Assinado" (abaixo) trazia diversos itens de série, alguns raríssimos como o teto solar. Além deste havia um curioso limpador do vidro traseiro (!).
As
rodas eram especiais e calçadas com pneus radiais.
Além
desses itens, o Corcel II Assinado vinha equipado com Rádio AM-FM com
toca-fitas, quatro alto-falantes, faróis de milha e lanterna traseiras de
neblina.
A
pintura também era especial.
Devia
custar uma fortuna!
Se
alguma unidade sobreviveu até os dias de hoje, é uma verdadeira "mosca
branca".
A linha 1979 passou a oferecer um valioso opcional: o motor 1.6 (1555 cm³), ainda com câmbio de 4 marchas, mas com relação do diferencial mais longa e 90 cv. Os carros passaram a andar um pouco mais rápido, gastando 17s para ir de 0 a 100 Km/h. A velocidade máxima aumentou para 148 km/h, com menor consumo em algumas situações.
Se em 1978 as lanternas traseiras do corcel II eram lisa, agora ficaram “caneladas”.
A versão esportiva GT recebeu apenas retoques na decoração externa.
Foi
lançada uma versão de apelo jovem, a Hobby (abaixo), com frisos pintados de
preto e estofamento com padrões mais joviais. Era uma proposta esportiva
"descolada" e mais barata:
O
sucesso do Corcel II contribuiu para despejar a última pá de cal no irmão
maior, o Maverick, que saiu de linha nesse ano.
Em 1980, os para-choques ganharam polainas plásticas (essa “moda” estava presente nos VW Brasília, Variant II, Passat, no Dodge Polara e outros).
A linha Opala foi reestilizada e modernizada, assim como o VW Passat e o Dodge Polara receberam aperfeiçoamentos de ordem mecânica e estética.
O
sucesso da linha Corcel obrigou os concorrentes a se mexerem e ficarem mais bem
preparados...
Continua...
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