LINHA
FORD CORCEL (E HERDEIROS) - PARTE 2
Em 1971 a
grade dianteira da linha Corcel-Belina (acima) foi modificada e perdeu o “V” central,
enquanto os piscas saíram dos cantos inferiores da grade para serem alojadas sob
o para-choque.
As
lanternas traseiras do Corcel (até então eram retangulares e estreitas)
passaram a ser duplas e quadradas, inspiradas nas do Mustang. Foi o
suficiente para dar charme à traseira que era meio sem graça, embora ainda não
avançasse nas laterais, como a Belina.
A Belina,
que até 1970 tinhas estreitas lanternas traseiras verticais, ganhou outras
maiores e dispostas na horizontal, com parte afixada na tampa do porta-malas
(algo semelhante ao que existia na Rural). Com isso, a traseira ficou
visualmente mais larga e baixa. Vide abaixo.
Na linha
1972 o Corcel agora denominado GTXP (extra performance ou desempenho extra)
ganhou tomada de ar no capô – agora todo pintado de preto fosco, e os faróis de
milha passaram a ser integrados à grade.
O volante
do GT (abaixo) mudou e era o mesmo utilizado no Galaxie, assim com o mecanismo e
alavanca do pisca.
O esportivo ganhou novo console central com 4 instrumentos inclinados na direção do
motorista. Os dois de cima tinham marcador de temperatura do motor e pressão do
óleo. Os de baixo marcavam o nível da gasolina e da carga da bateria.
Inexplicavelmente,
o esportivo não vinha mais com bancos reclináveis, nem mesmo como opcional.
Em
compensação, o motor teve a cilindrada aumentada de 1.3 para 1.4, o que fez a
potência saltar a de 80 para 85 cavalos brutos na versão esportiva. O
desempenho melhorou, com o carro indo de 0 a 100 Km/h em 17s e a velocidade
máxima roçando os 150 km/h – boas marcas para a época, embora insignificantes
diante do V8 usado no Maverick GT. Ao menos era o carro com motor "até
1.600cc" mais rápido.
A partir
de 1973, toda a linha Corcel recebeu nova grade, com frisos cromados verticais
e o emblema Ford redondo ao centro. Também foram redesenhados o capô, os
para-lamas e as lanternas traseiras – agora mais largas e retangulares, e com
luzes de ré incorporadas.
O motor 1.3 finalmente saiu de linha e toda alinha Corcel recebeu um motor 1.4 "amansado", mas ainda com bons 75 cv. O carburador Weber de corpo duplo e acionamento duplo, usado no esportivo XP, deu a vez a um modelo mais simples.
Infelizmente
a versão esportiva GT perderia o nervoso motor XP de 85 cv, passando a ser
diferenciado dos demais modelos apenas pela estética e acabamento.
Agora o
esportivo ostentava duas faixas pretas paralelas no capô e também nas laterais.
Além
disso tinha de série faróis de milha retangulares embutidos na grade – esta
também foi reestilizada.
Em 1975
as linhas do Corcel e da Belina foram novamente retocadas, adotando nova grade
com elementos horizontais, que agora uniam os faróis.
O emblema
migrou para o “bico” do capô. As lanternas traseiras do Corcel ganharam um
friso horizontal que visualmente as dividiam ao meio.
A Belina
recebeu um vidro traseiro maior e as lanternas finalmente incorporaram a luz-de-ré.
Mas a
perua ganhou uma nova e perigosa rival, a Chevrolet Caravan, derivada do Opala
– que oferecia mais espaço e conforto, além de motores mais potentes (mas que
consumiam mais).
Mas ela
padecia do mesmo mal que a Belina: só tinha 2 portas de acesso aos passageiros.
O Corcel
GT 1975 (abaixo) ganhou, além das inovações estéticas da linha, somente novas
faixas e detalhes.
Para
melhor combater o Opala, recém reestilizado, surgiu uma versão mais luxuosa, a
LDO (Luxuosa Decoração Opcional) - fotos abaixo. Por dentro oferecia mais
requinte, com forrações e bancos nas cores marrom e bege, incluindo o painel.
Até 1977
a linha Corcel ganhou alguns retoques visuais e alguns aperfeiçoamentos
mecânicos, e a Belina passou a disputar mercado com a nova VW Variant II – uma
espécie de “Brasília esticada” e mais evoluída mecanicamente.
Continua...
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