quarta-feira, 29 de abril de 2020

LINHA FORD CORCEL (E HERDEIROS) - Parte 2

Em 1971 a grade dianteira da linha Corcel-Belina foi modificada e perdeu o “V” central, enquanto os piscas saíram dos cantos inferiores da grade e ficaram alojadas sob o para-choque.

As lanternas traseiras do Corcel (que até então eram retangulares e estreitas) passaram a ser duplas e quadradas, inspiradas no Mustang.
Foi o suficiente para dar charme à traseira que era meio sem graça, embora não avançasse nas laterais, como A Belina.

A Belina, que até 1970 tinhas estreitas lanternas traseiras verticais, ganhou outras maiores e dispostas na horizontal, com parte afixada na tampa do porta-malas (algo semelhante ao que existia na Rural). Com isso, a traseira ficou visualmente mais larga e baixa.


Na linha 1972 o Corcel agora denominado GTXP (extra performance ou desempenho extra) ganhou tomada de ar no capô – agora todo pintado de preto fosco, e os faróis de milha passaram a ser integrados à grade.
 
O volante do GT mudou e era o mesmo utilizado no Galaxie, assim com o mecanismo e alavanca do pisca. 
O modelo ganhou novo console central com 4 instrumentos inclinados na direção do motorista. Os dois de cima tinham marcador de temperatura do motor e pressão do óleo. Os de baixo marcavam o nível da gasolina e da carga da bateria. 
Inexplicavelmente, o esportivo não vinha mais com bancos reclináveis, nem mesmo como opcional. 
Em compensação, o motor teve a cilindrada aumentada de 1.3 para 1.4, o que fez a potência saltar a de 80 para 85 cavalos brutos na versão esportiva. O desempenho melhorou, com o carro indo de 0 a 100 Km/h em 17s e a velocidade máxima roçando os 150 km/h – boas marcas para a época, embora insignificantes diante do V8 usado no Maverick GT. Ao menos era o carro com motor "até 1.600cc" mais rápido.

A partir de 1973, toda a linha Corcel recebeu nova grade, com frisos cromados verticais e o emblema Ford redondo ao centro. Também foram redesenhados o capô, os para-lamas e as lanternas traseiras – agora mais largas e retangulares, e com luzes de ré incorporadas.
O motor 1.3 finalmente deixou de ser oferecido, e toda a linha (cupê, sedã e a perua Belina) ganhou um motor 1.4 “amansado”, mas ainda com bons 75 cv. O carburador Weber de duplo corpo e acionamento simultâneo do XP deu a vez a um modelo de corpo simples.
Infelizmente a versão esportiva GT perderia o nervoso motor XP de 85 cv, passando a ser diferenciado dos demais modelos apenas pela estética e acabamento. 
Agora o esportivo ostentava duas faixas pretas paralelas no capô e também nas laterais.
Além disso tinha de série faróis de milha retangulares embutidos na grade – esta também foi reestilizada. 



Em 1975 as linhas do Corcel e da Belina foram novamente retocadas, adotando nova grade com elementos horizontais, que agora uniam os faróis. 
O emblema migrou para o “bico” do capô. As lanternas traseiras do Corcel ganharam um friso horizontal que visualmente as dividiam ao meio.  
A Belina recebeu um vidro traseiro maior e as lanternas finalmente  incorporaram a luz-de-ré. 
Mas a perua ganhou uma nova e perigosa rival, a Chevrolet Caravan, derivada do Opala – que oferecia mais espaço e conforto, além de motores mais potentes (mas que consumiam mais). 
Mas ela padecia do mesmo mal que a Belina: só tinha 2 portas de acesso aos passageiros. 

O Corcel GT 1975 (abaixo) ganhou, além das inovações estéticas da linha, somente novas faixas e detalhes.


Para melhor combater o Opala, recém reestilizado, surgiu uma versão mais luxuosa, a LDO (Luxuosa Decoração Opcional) - fotos abaixo. Por dentro oferecia mais requinte, com forrações e bancos nas cores marrom e bege, incluindo o painel.
Até 1977 a linha Corcel ganhou alguns retoques visuais e alguns aperfeiçoamentos mecânicos, e a Belina passou a disputar mercado com a nova Variant II – uma espécie de “Brasília esticada” e mais evoluída mecanicamente.

Continua...

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