quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

COLÔNIA WITMARSUM

No domingo, 17 de janeiro, às 8h30, Beto e eu saímos no Fusca 1300, ano 1969 cor "café-com-leite" e nos reunimos a outros antigomobilistas no estacionamento externo do Parque Barigui. Beto comprou esse Fusca em 30 de novembro e recentemente instalou rodas do Fusca mexicano com calotas cromadas e logo Porsche central. Agora o visual "German Look" ficou mais equilibrado...  
O convite para ir à Colonia Witmarsum fora feito na véspera pelo Fábio Bontorin (amigo que de vez em quando é convocado para fazer a manutenção mecânica no meu Gordini). Ele dirigiu seu Puma amarelo com a esposa Vanessa junto, acompanhado do pai Ailton e da mãe Araci (estes, a bordo do VW Fusca 1966 branco, 1200 - motor novinho, que até então não havia rodado em estrada). Também contamos com o Diogo (irmão do Fábio) e o Matheus (sobrinho) num belíssimo VW TL branco, 1970, primeiro modelo ("cara chata"). Ricardo é o proprietário do reluzente Ford 1954 verde, e havia outro Ford do mesmo tipo, 1953, bege, cujo proprietário é o Luir Dalago. Em resumo, só gente boa! Na estrada recebemos a companhia do Rocha e sua esposa Denise, pilotando um nervoso Fusca vermelho com motor 1.9 alimentado por 2 carburadores weber 40. Nos dirigimos à Confeitaria Kliewer e fomos surpreendidos com a presença de dezenas de motociclistas e suas máquinas fantásticas. Tomamos um delicioso café colonial e ficamos conversando até perto do meio-dia. Depois pegamos a estrada para Curitiba e cada um seguiu seu rumo. 
Valeu a pena ter feito esse passeio, mas depois de pesquisar na internet (leia matéria após as fotos) percebi que vale um retorno com um bom 'turista'...

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Situada no município de Palmeira/PR, a Colônia Witmarsum foi formada em julho de 1951 por menonitas que reimigraram da cidade de Witmarsum do Estado de Santa Catarina. Os menonitas da Colônia Witmarsum pertencem ao grupo dos menonitas alemães-russos, que tem sua origem na Frísia, no norte da atual Holanda e Alemanha. Através da Prússia eles imigraram para Rússia no século XVIII, de onde fugiram em 1929, quando o comunismo se instalou naquele país. Em 1930 vieram ao Brasil onde, após um tempo em Santa Catarina, fundaram em 1951 a Colônia Witmarsum no Paraná. Graças a um financiamento conseguido junto aos menonitas da América do Norte, foi possível comprar em 7 de junho de 1951 a Fazenda Cancela. Ocupa uma área de aproximadamente 7800 hectares e possui aproximadamente 1500 habitantes. Compreende 5 núcleos de povoamentos, denominados “aldeias” e numerados de 1 a 5 e, dispostos em torno de um centro administrativo comercial e social situado na sede da antiga Fazenda Cancela (atual museu Casa Fazenda Cancela). Sua base econômica reside na agropecuária, desenvolvida sobretudo no setor da pecuária leiteira. Também há criação de frangos e porcos para o abate e plantações de soja e milho. Na Colônia de Witmarsum ocorrem as Estrias Glaciais de Witmarsum, um registro marcante da grande glaciação que ocorreu do Carbonífero inferior ao Permiano inferior, entre 360 e 270 milhões de anos atrás, quando toda porção sul do antigo supercontinente Gondwana, então parte da atual América do Sul, ficou coberto por espessas camadas de gelo.

Fonte: wikipedia


COMO CHEGAR

Saindo-se de Curitiba, pega-se a BR 277 rumo à cidade de Ponta Grossa. Depois do pedágio, na altura do km 146, manter-se à esquerda para fazer um pequeno retorno (como que voltando para Curitiba). A entrada para a colônia está logo após a este retorno. Na paisagem campestre há diversas casas rurais com laguinhos em frente. O cheiro característico do esterco das vacas espalha-se pelo ar. Se você for à Colônia Witmarsum num domingo poderá acompanhar o culto menonita totalmente em alemão. Começa às 9h30. Há placas na rua principal de acesso à colônia indicando onde fica a igreja.

Situada a 60 Km de Curitiba, a colônia é referência na produção de leite e queijos e dispõe de confeitarias típicas, restaurantes, lojas, um grande mercado, pousadas, ecoturismo e uma feirinha gastronômica nos fins de semana. O local é referência da cultura alemã, desde o idioma até a culinária típica como tortas e salsichas alemãs, além dos tradicionais eisbein (joelho de porco), chucrute e marreco recheado. Aos sábados, das 9h às 12h,  acontece a “feirinha do produtor”. 
O mercado central fica no final da rua de acesso à colônia. Lá se encontra toda variedade de queijos finos e coloniais com a marca Witmarsum (brie, camembert, ricota, emmental, raclette, appenzeller, entre outros). O mercado só fecha no fim do dia. Quase em frente fica o Museu de História Witmarsum, importante para se entender a história da fundação da colônia. Mas ele só funciona à tarde, e por isso vale conhecer primeiro a lojinha Toll, que comercializa artesanato alemão de alto nível (obetos de decoração, brinquedos pedagógicos, móveis provençais e relógios Cuco originais importados da região da Floresta Negra, na Alemanha). As caras e delicadas peças de artesanato de Christian Ulbricht são feitas em madeira com pintura precisa. Mas existem outras lojas de artesanato como a Artesanato de Witmarsum (instalada no que parece ser uma casinha de boneca) e a Witmalhas (com artesanato em tecido), que fica ao lado da Confeitaria Kliewer.


Há 3 opções para almoçar a típica comida alemã: Bauernhaus Restaurante, Restaurante Bela Vista e Restaurante Frutilhas Lowen. O mais ajeitado, completo e com melhor custo benefício é o Bauernhaus. Além de restaurante, o local vende geleias, embutidos e artesanato. Crianças de até 5 anos não pagam e de 6 a 12 pagam a metade. Sucos e sobremesa estão incluídos no preço do bufê, que é livre. Já o Restaurante Bela Vista trabalha com pratos a la carte. Oferece comida alemã tradicional como marreco recheado, kassler, spätzli, entre outros. O mais simples é o Restaurante Frutilhas Lowen.  Tem produção especializada em frutas vermelhas e verduras orgânicas. No buffet livre serve goulash, frango caipira, lombo de porco, spatzle, pirogue, risoto de frango, molho branco e saladas. Crianças de 7 a 13 anos pagam a metade. Bebidas e sobremesa à parte. A comida no Frutilhas Lowen é farta, mas simples. Já o suco de amora (da fruta mesmo, não a polpa) é sensacional. Tem um parquinho para as crianças e redário para descanso. 


O Museu de História Witmarsum fica numa antiga casa grande na Fazenda Cancela. A construção é marcada por lambrequins que formam um rendado na madeira que circundam os beirais da casa. O museu preserva um acervo interessantíssimo com móveis, objetos, peças, roupas antigas, fotos e equipamentos usados pelos menonitas que fundaram a colônia. O encontro não tem hora marcada. Os visitantes vão chegando, acomodando-se… até que Heinz começa a contar tudo sobre a colônia. É nessa hora que você compreende melhor os menonitas e desfaz a impressão de que eles seriam uma espécie de Amish paranaense.  Os Amish, para quem não sabe, são um grupo cristão conservador radicado nos Estados Unidos e Canadá. Uma das características do grupo é o uso restrito de tecnologia como telefones e automóveis, além de viver baseado em uma interpretação rigorosa da bíblia. Ambos, menonitas e Amish, são descendentes dos grupos suíços anabatistas, mas os menonitas seriam a parte mais progressista, digamos. O museu funciona sábado, domingo e feriados, 14h às 17h. Para visitas durante a semana, agendar pelos telefones (42) 3254-1347  e (42) 8411-2895.  


Depois do museu pode-se optar pelos diversos passeios rurais que a colônia oferece. Um dos mais concorridos é o Tracktur – um "tour" de trator que leva você pelas plantações até o rio com parada para banho. Somente criança de colo não paga. O passeio acontece pela tarde, mas se for grupo grande pode ser feito pela manhã também. Agende pelo telefone (42) 3254-1152. A Pousada Campos Gerais e a Chácara Silomac (42 9141-0438) promovem cavalgadas pela região mas somente aos fins de semana e feriados.


Depois da diversão vem a parte mais esperada pelos visitantes: o café colonial. Se você almoçou bem talvez só vá ter fome no final da tarde. As três opções são a Confeitaria Kliewer, Sabores da Colônia e Edit’s Kaffe Hof. A que apresenta mais estrutura para as crianças é a Confeitaria Kliewer  que possui parquinho próprio. O café colonial é servido na mesa (broas, pães, queijos, linguiça, tortas, café, leite e limonada suíça). Funciona de terça a domingo, 8h às 18h. Tel. (42) 3254-1278. O café Sabores da Colônia fica atrás do museu e oferece diversos tipos de bolos, tortas, geléias caseiras e 5 pratos quentes — além de café, leite e sucos naturais como uva e clorofila (limão com couve). Crianças de 5 a 10 anos pagam a metade. Se preferir é possível comprar as tortas e bolos por fatias. Funciona sábado, domingo e feriado, 12h30 às 18h30. Tel. (42) 9118-0577. Finalmente, o Edit´s Kaffe Hof está logo na entrada da colônia. Também tem um bom custo/benefício. Oferece o café com grande variedade de quitutes e 2 sopas, incluindo iguarias brasileiras como pão de queijo, coxinha e pasteizinhos.  Funciona sábado e domingo, 13h às 21h e feriados, 10h às 21h. Tel. (42) 3254-1214 e (42) 9900-0224.


DICAS PARA CONHECER A COLÔNIA SEM PASSAR APERTOS:

– O passeio consiste em “turismo rural”, recomendando-se roupas e calçados confortáveis, boné/chapéu, protetor solar e traje de banho, caso queira mergulhar no rio depois de uma cavalgada ou passeio de trator.

– No verão, a temperatura chega aos 35º C, contra 10º C  no inverno, podendo ficar abaixo de zero nos períodos em que ocorrem geadas.

– O celular pega mal e o wi-fi disponível nos estabelecimentos não funciona bem.

– Para quem vai dormir na colônia e pretende jantar depois do fechamento dos cafés coloniais, a única opção é a Bele Lanches e Pizzaria (42) 3254-1556 ou o restaurante da Pousada Bela Vista.

Esse é o resumo de um belo texto, acompanhado de fotos e dicas adicionais, extraído do seguinte site: http://www.matraqueando.com.br/colonia-witmarsum-cafe-colonial-historia-alema-menonita-e-descanso-ao-lado-de-curitiba#ixzz3xjp82nKZ

Um comentário:

  1. Oi Adriano! Que belo passeio hein? Gostei dos volks e dos ford 54. Sabia que foi nesta cidade de Palmeira que minha vó nasceu? Isto foi em 1905 e com poucos meses veio para Joinville.
    Um grande abraço. Dorian.

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