terça-feira, 2 de setembro de 2025

CHEVROLET MONZA - 1982 A 1996 (E VERSÕES EXCLUSIVAS)


O Chevrolet Monza (projeto J) foi lançado no Brasil em 1982 e estreou na versão hatch com tração dianteira e motor 1.6 transversal com carburador de corpo simples (72 cv para o motor a gasolina ou 73 cv, para o motor a álcool). 

Era oferecido nas versões básica e SL/E.

Seus maiores rivais eram o Ford Corcel II e o VW Passat.

Diante deles o Monza se destacava por ser moderno, espaçoso e funcional. O porta-malas – com 433 litros de capacidade – tinha fácil acesso pela tampa traseira que subia junto com o vidro e que podia ser ampliado até 1047 litros rebatendo-se o encosto do banco traseiro.

O quesito beleza contribuía para a rápida aceitação, mas... o motor 1.6 decepcionava no quesito desempenho, em que pese a boa aerodinâmica, para a época, com cx de 0,39. O modelo acelerava de 0 a 100 Km/h em longos 16 segundos e a velocidade máxima limitada a 150 Km/h.

O câmbio manual de 4 velocidades era da japonesa Isuzu, com lubrificação permanente (que dispensava a troca do óleo). O braço da suspensão dianteira vinha da Holden australiana e o eixo traseiro, da Opel alemã. Mas os engates do câmbio muito longos, o volante em posição muito vertical e a direção que exigia muitas voltas de um batente ao outro, desagradaram logo de cara. Essas e outras deficiências logo seriam sanadas pela Chevrolet.

Em 1983 o Monza recebeu um novo motor 1.8 e a elegante carroceria sedan de 2 e 4 portas (4,36m de comprimento e porta-malas de 510 litros), que agradou tanto que em 1984, 1985 e 1986 conquistou o título de “CARRO MAIS VENDIDO DO BRASIL”.

Mas uma versão perua nunca seria produzida (em seu lugar a GM lançaria a Ipanema, derivada do Kadett, que seria um fracasso de vendas). A Envemo produziu uma perua em 1984, derivada do sedan 4 portas e com tampa traseira em fibra-de-vidro, mas a GM não “comprou” a ideia. Com isso, a novata VW Santana Quantum 4 portas nadou de braçada, sem rivais.

Em 1990 o Monza foi reestilizado e recebeu uma nova frente, baixa e longa. A traseira ganhou linhas retas e a tampa do porta-malas agora abria até o para-choque (o porta-malas ficou ainda maior, com 565 litros). O carro ficou mais comprido (4,49m), mas perdeu harmonia nas linhas. Em compensação, o veterano incorporou importantes aperfeiçoamentos mecânicos e novos itens de conforto e segurança.

Somente em 1996, após 14 anos em linha, o Monza despediu-se do mercado brasileiro com a façanha de nunca ter precisado de catalisador. Seu sucessor foi o moderno Vectra.

VERSÕES PERSONALIZADAS


Acima, a versão Targa do Monza, produzida pela BB Equipamentos

A proibição de importação de carros novos e a demanda reprimida fizeram com que a década de 80 evidenciasse a criatividade de algumas revendas de automóveis e lojas especializadas em acessórios.

Algumas produziram versões personalizadas de carros já existentes e outras foram além, lançando produtos inéditos, embora aproveitando boa parte da estrutura e do conjunto mecânico de carros aqui produzidos pelas multinacionais Volkswagen, Chevrolet etc.

As mudanças eram mais percebidas pelos novos volantes – menores e com desenho esportivo – além de rodas esportivas de liga-leve, bancos esportivos e envolventes, escapamentos esportivos etc.

Outras modificações eram facilmente percebidas em versões peruas, conversíveis e até limousines.

Revendas como a Sulam, Dacon e Envemo ou lojas especializadas como a El Rabit, Jumbo Car Center, Rodão e outras destacavam-se e faturavam alto.

A Chevrolet só produziu em série as carrocerias hatch 2 portas e sedan de 2 e 4 portas. No exterior existiu o Chevrolet Cavalier e Vauxhall Cavalier Convertible, sendo que esse último tinha um visual bem parecido com o Monza.

No caso da perua, nos exterior existiu a Chevrolet Cavalier Wagon, a Holden Camira Wagon e Vauxhall Cavalier Estate  nos EUA, Austrália e Inglaterra respectivamente, sendo que a seção  traseira da Cavalier Estate  vinha da Austrália.

A ENVEMO produziu, artesanalmente, a versão conversível e a perua. Em julho de 1985 uma revista especializada testou o Monza Perua versão 1.8 a álcool: de 0 a 100 Km/h em 12,9 segundos e alcançou a velocidade máxima de 164 Km/h. O consumo urbano foi de 6,4 Km/l de álcool e o rodoviário foi de 11,2 Km/l (carregado) e de 11,7 Km/l (vazio). Marcas muito boas, visto que era um  motor projetado para funcionar apenas com álcool. Se fosse um motor flex, como os de hoje, não conseguiria reproduzir essas marcas usando apenas o combustível vegetal.

Ao que consta a ENVEMO só teria produzido 6 peruas com 2 portas (em 1984) e 15 outras com 4 portas.

Quanto aos conversíveis, ainda há alguns rodando pelo país e – como todo modelo sem capota – esbanjado esportividade e exclusividade.

CONFIRA ESTA COLETÂNEA DE MONZAS EXCLUSIVOS

 


Acima, o Monza 200 SEC e o Monza SR85

 Abaixo, o Monza ADAMO

  

Abaixo, o Monza "cabine estendida" (AVALLONE e SOUZA RAMOS)

 

Abaixo, o Monza "conversível" (ENVEMO e SULAM)

 

Abaixo, o Monza com "frente de Pontiac" (ENVEMO)

 

Abaixo, o Monza "limousine" (AVALLONE e outros)

Abaixo, o Monza com "kit Mercedes Benz190"

 


Abaixo, o Monza na versão "picape" (de fundo-de-quintal)


Para finalizar, o Monza na versão "perua" (ENVEMO)






Nenhum comentário:

Postar um comentário