O
Chevrolet Monza (projeto J) foi lançado no Brasil em 1982 e estreou na versão
hatch com tração dianteira e motor 1.6 transversal com carburador de corpo
simples (72 cv para o motor a gasolina ou 73 cv, para o motor a álcool),
oferecido nas versões básica e SL/E.
Seus maiores rivais eram o Corcel II e o
VW Passat.
Diante deles o Monza se destacava por ser moderno, espaçoso e funcional. O
porta-malas – com 433 litros de capacidade – tinha fácil acesso pela tampa
traseira que subia junto com o vidro e que podia ser ampliado até 1047 litros
rebatendo-se o encosto do banco traseiro.
O quesito beleza contribuía para a
rápida aceitação, mas... o motor 1.6 decepcionava no quesito desempenho, em que
pese a boa aerodinâmica, para a época, com cx de 0,39. O modelo acelerava de 0
a 100 Km/h em longos 16 segundos e a velocidade máxima era de 150 Km/h.
O
câmbio manual era da japonesa Isuzu, com lubrificação permanente (que
dispensava a troca do óleo), mas tinha apenas 4 marchas. O braço da suspensão
dianteira vinha da Holden australiana e o eixo traseiro, da Opel alemã. Mas os
engates do câmbio muito longos, o volante em posição muito vertical e a direção
que exigia muitas voltas de um batente ao outro, desagradaram logo de cara.
Essas e outras deficiências logo foram sanadas pela Chevrolet.
Em 1983 o Monza
recebeu um novo motor 1.8 e a elegante carroceria sedan de 2 e 4 portas (4,36m
de comprimento e porta-malas de 510 litros), que agradou tanto que em 1984,
1985 e 1986 conquistou o título de “CARRO MAIS VENDIDO DO BRASIL”.
Mas a perua
não foi produzida (em seu lugar a GM lançou a Ipanema, derivada do Kadett, que
foi um fracasso de vendas). A Envemo produziu uma perua em 1984, derivada do
sedan 4 portas e com tampa traseira em fibra-de-vidro, mas a GM não “comprou” a
ideia. Com isso, a novata VW Santana Quantum 4 portas nadou de braçada, sem
rivais.
Em 1990 o Monza ganhou nova frente, baixa e longa, e traseira reta com
a tampa abrindo rente ao para-choque (o porta-malas ficou ainda maior, com 565
litros) e ficou ainda mais comprido (4,49m), mas perdeu harmonia nas linhas. Em
compensação, o veterano carro incorporou importantes aperfeiçoamentos mecânicos
e novos itens de conforto e segurança.
Somente em 1996, após 14 anos em linha,
o Monza despediu-se do mercado brasileiro com a façanha de nunca ter precisado
de catalisador. O seu sucessor foi o moderno Vectra.
VERSÕES
PERSONALIZADAS
Acima,
a versão Targa produzida pela BB Equipamentos
A
proibição de importação de carros novos e a demanda reprimida fizeram com que a
década de 80 evidenciasse a criatividade de algumas revendas de automóveis e
lojas especializadas em acessórios.
Algumas produziram versões personalizadas
de carros já existentes e outras foram além, lançando produtos inéditos, embora
aproveitando boa parte da estrutura e do conjunto mecânico de carros aqui
produzidos pelas multinacionais Volkswagen, Chevrolet etc.
As mudanças eram
mais percebidas pelos novos volantes – menores e com desenho esportivo – além
de rodas esportivas de liga-leve, bancos esportivos e envolventes, escapamentos
esportivos etc.
Outras modificações eram facilmente percebidas em versões
peruas, conversíveis e até limousines.
Revendas como a Sulam, Dacon e Envemo ou
lojas especializadas como a El Rabit, Jumbo Car Center, Rodão e tantas destacavam-se e
faturavam alto.
Com relação ao Monza, a Chevrolet só produziu em série as carrocerias hatch 2 portas e sedan
de 2 e 4 portas. No exterior existiu o Chevrolet Cavalier e Vauxhall Cavalier
Convertible, sendo que esse último tinha um visual bem parecido com o Monza.
No
caso da perua, nos exterior existiu a Chevrolet Cavalier Wagon, a Holden Camira
Wagon e Vauxhall Cavalier Estate nos
EUA, Austrália e Inglaterra respectivamente, sendo que a seção traseira da Cavalier Estate vinha da Austrália.
A Envemo produziu,
artesanalmente, a versão conversível e a perua. Em julho de 1985 uma revista
especializada testou o Monza Perua versão 1.8 a álcool: de 0 a 100 Km/h em 12,9
segundos e alcançou a velocidade máxima de 164 Km/h. O consumo urbano foi de
6,4 Km/l de álcool e o rodoviário foi de 11,2 Km/l (carregado) e de 11,7 Km/l
(vazio). Marcas muito boas, visto que era um
motor projetado para funcionar apenas com álcool. Se fosse um motor
flex, como os de hoje, não conseguiria reproduzir essas marcas usando apenas o
combustível vegetal.
Ao que consta a Envemo só teria produzido 6 peruas com 2
portas (em 1984) e 15 outras com 4 portas.
Quanto aos conversíveis, ainda há
alguns rodando pelo país e – como todo modelo sem capota – esbanjado
esportividade e exclusividade.
CONFIRA
ESTA COLETÂNEA DE MONZAS EXCLUSIVOS
(fotos obtidas em diversos sites da internet)
Abaixo,
o Monza 200 SEC e o Monza SR85
Abaixo,
o Monza Adamo
Abaixo,
o Monza "cabine estendida" (Avallone e Souza Ramos)
Abaixo,
o Monza "conversível" (ENVEMO e SULAM)
Abaixo,
o Monza com "frente Pontiac" (ENVEMO)
Abaixo,
o Monza "limousine" (AVALLONE e outros)
Abaixo,
o Monza com "kit Mercedes Benz190"
Abaixo,
o Monza "picape" (fundo-de-quintal)
Para finalizar, o Monza "perua" (Envemo)
CLIQUE NAS IMAGENS ACIMA PARA AMPLIÁ-LAS
Na quarta foto, linha SR 85 qual era o farol utilizado? Pois tenho um kit desse e falta a área do farol e do milha que é a grade, alguém pode me ajudar?
ResponderExcluir