Parte
3 (final)
A
linha 1978 não trazia mudanças significativas, mas a Série II - surgida no meio
do ano - deu uma sacudida no marasmo, oferecendo novas cores e inúmeros
aperfeiçoamentos no acabamento e itens de conforto e segurança. Com isso os
modelos ficaram mais atualizados e interessantes. O LTD e o Landau ganharam pneus radiais com
faixa branca e novas rodas de 6 polegadas, enquanto o Galaxie manteve a roda de
5 polegadas e os pneus diagonais de 4 lonas. As vendas reagiram com aumento de
60% e foram vendidas 4.754 unidades.
Linha
1978
Acima:
Galaxie (azul) e LTD (dourado)
Abaixo, Landau (facilmente reconhecido pelo diminuto vidro traseiro)
Somente
em 1979 a linha incorporaria importantes aperfeiçoamentos mecânicos, com destaque
para a embreagem hidrodinâmica para acionamento do ventilador do motor, que
rendia até 10 cv extras em altas velocidades, quando o ar entrava em quantidade
pela grade e as pás do ventilador deixavam de girar. O motor ficava mais
silencioso em altas rotações e o consumo apresentava alguma melhora.
O motor
ganharia ignição eletrônica, livrando-se do platinado e condensador, permanecendo
regulado por mais tempo e com melhor rendimento.
Um radiador maior eliminaria a
tendência ao superaquecimento. Seria adotado um novo carburador com corpo duplo
que ofereceria melhor mistura ar/gasolina em todas as faixas de rotação. O tanque
teria a capacidade aumentada de 76 para 107 litros, proporcionando mais
autonomia ao modelo movido a gasolina e, principalmente, à nova versão a
álcool. Finalmente, um novo câmbio automático – com conversor de torque maior –
proporcionava rodar mais confortável e economia. O ar condicionado integrado ao
painel liberava espaço para as pernas dos passageiros sentados no banco
dianteiro.
Em
1979 o Galaxie 500 ficaria mais jovial com apliques pretos na grade do motor
(agora em plástico ABS) e no painel traseiro, mas seria o seu último ano de
produção.
Linha 1979
Acima, o último modelo do Galaxie (facilmente
reconhecido pela grade preta).
Abaixo,
o LTD e o Landau - novas cores e aperfeiçoamentos
Para
comemorar os 60 anos da Ford no Brasil, a marca lançaria uma edição especial do
Landau com apenas 300 exemplares na exclusiva cor Bordeaux scala metálico, que vinha com uma
pequena plaqueta afixada na tampa do porta-luvas.
A cor não agradaria muitos e,
para os carros não encalharem nas concessionárias, alguns exemplares acabariam sendo repintados.
Em 25 de junho a Ford lançaria o primeiro motor V8 a álcool do mundo,
mas as vendas ao público só começariam pra valer em abril de 1980.
A
linha 1980, agora restrita ao LTD e Landau, trazia a inédita e cobiçada cor
azul clássico, até então reservada aos carros da Presidência da Ford, no
Brasil. O acabamento foi melhorado e os bancos reestruturados e mais
anatômicos. Um acessório básico em se tratando de um carro de luxo finalmente foi
oferecido, e consistia no comando interno para abertura do porta-malas,
acionado por um botão instalado no porta-luvas. Todos os Landaus só seriam
vendidos com câmbio automático de série e as duas versões receberam escapamento
duplo que os deixavam ainda mais silenciosos. O LTD perdeu boa parte dos frisos
e a cinta de borracha do para-choque dianteiro. A versão a álcool custava o
mesmo que a versão a gasolina, e tinha coletor de admissão em alumínio (para
melhorar a queima da mistura ar/combustível) e nova bomba de combustível. A
velocidade máxima era de bons 167 Km/h e o consumo médio de 4 Km/l, mas era
mais compensador rodar com álcool, mais barato, do que com gasolina. As vendas
caíram para 2.971 unidades, sendo 1.390 a gasolina e 1.581 a álcool (contra
5.061 unidades em 1979). A renovada linha Dodge Le Baron e Magnum, de 1979, e a
nova linha Opala para 1980 – agora com o Diplomata, além do Comodoro –
certamente contribuiu para esse resultado ruim do LTD e Landau.
Linha
1980
Abaixo, apenas o LTD e o Landau
(refletores
dos para-lamas traseiros integrados à carroceria)
Em
1981 a má notícia surgiria dentro de casa, com o lançamento do Del Rey.
Menor, mais barato, mais econômico e com o habitual luxo e bom acabamento Ford
daqueles anos, trazia mimos nunca oferecidos pela linha Galaxie, como uma
versão de 2 portas e vidros/retrovisores com acionamento elétrico, por exemplo.
As poucas novidades da linha seriam a nova grade do motor, que “invadiria” a
abertura superior do para-choque do Landau (este receberia as novas cores verde palma
metálico, além do branco nevasca II e preto bali).
O para-choque traseiro voltaria
a ser igual ao do modelo 1967-1970, mas sem
os recortes para as luzes de ré. As luzes de ré "subiriam" para as
lanternas mais internas do painel traseiro, o que daria uma renovada no visual.
Os
cintos de segurança dianteiros passaram a ser de três pontos com o mecanismo na
coluna das portas.
Novos detalhes de acabamento e conforto seriam incorporados (suspensão
recalibrada, pinças e pastilhas maiores de freio, nova barra estabilizadora
traseira etc.) mas o LTD se despediria do mercado. As vendas totais tinham encolhido para 1.581 unidades (583 a gasolina e 687 a álcool), enquanto o estreante Del
Rey conquistaria nada menos que 20.206 compradores.
Linha 1981
Abaixo, o último modelo do LTD (verde) e o
Landau (branco)
(luzes
de ré saíram do para-choque, que seria do modelo 1967-1970)
O
ano de 1982 foi o último ano “pra valer” do carrão, agora produzido
praticamente à mão e apenas na versão topo de linha Landau.
Novas cores seriam
oferecidas, como o cinza granito, azul jamaica e verde astor.
As vendas caíram
mais um pouco, para apenas 1.199 unidades, sendo 929 a gasolina e 270 a álcool.
Em outubro seria lançada a derradeira linha 1983, com menos opções de cores. O
volante perderia qualidade no revestimento e o motor passaria a ser pintado de
cinza, com a tampa do óleo na cor amarela.
Linha 1982-1983
Apenas o Landau foi produzido.
O
da esquerda é um modelo 1982 e o outro, um modelo 1983.
Em
14 de janeiro de 1983 o Landau se retiraria do mercado e em fevereiro
seriam vendidas 125 unidades produzidas naquele ano (93 a gasolina e 32 a
álcool). De acordo com a ANFAVEA as últimas vendas ocorreram em março de 1983, com os
dois últimos exemplares.
Um modelo 1983, azul clássico, serviria por anos à Presidência da República.
Ao
todo, foram vendidos 77.850 exemplares de Galaxie, LTD e Landau – um feito e
tanto para um carro desse porte e destinado aos "abonados"!
MEU PRIMEIRO CARRO UM LTD DOURADO QUE COMPREI DE UM GUIA DE TURISMO APOSENTO = A ZERO KM QUE CARRO AR VIRAVA UM FREEZER TODAS AS TELINHAS FICAVAM CONGELADAS ISSO NO RIO DE JANEIRO DEPOIS MAIS TARDE OS DODGES TAMBÉM O AR VIRAVA UMA CAMARÁ FRIA ISSO E AR PARA O VERÃO BOM TINHA 15 ANOS DE IDADE NA EPOCA KKKKKKKKKKKKKKKK
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