ROMI-ISETTA - C
U R I O S I D A D E S
FOI O PRIMEIRO
CARRO NACIONAL – em 1956, a VEMAG (outra fábrica brasileira, 100% nacional)
lançou a perua Universal (base da futura Vemaguet) dois meses após o lançamento
do Romi-Isetta. O índice de nacionalização desse carro era de apenas 30% de seu
peso; ou seja, apenas alguns poucos componentes (como por exemplo pneus) eram
nacionais, sendo a maior parte importada. O Romi-Isetta, ao contrário, tinha
70% de seu peso em peças produzidas no Brasil. O plano da VEMAG previa a
fabricação de um carro no Brasil, incluindo motores, sendo que a Sofunge já
havia fundido o primeiro bloco de motor brasileiro. Por este motivo, o plano da
Vemag foi o primeiro aprovado pelo GEIA, que emitiu o certificado Nº 1/56,
embora o veículo desse plano fosse lançado apenas em 1958.
ROMI-ISETTA
DO PELÉ - em 1959 o Prefeito de Bauru/SP, Sr. Nicola Avallone Junior,
presenteou o jogador PELÉ (então com 18 anos de idade) com um Romi-Isetta
modelo 1959, cor amarela. O tempo passou e no lugar do pequeno veículo foram
chegando imponentes carrões (Mercedes, Audi, BMW...) e o Isetta foi esquecido.
No começo de 2004 comentou-se que o “Rei” compareceu a um programa de TV em
busca do carrinho, para compor o acervo do museu montado ao “Pelé”, em
Santos/SP...
ROMI-ISETTA
4 PASSAGEIROS - além de versões utilitárias (picape, furgão) de sua Isetta
original, as Indústrias Romi planejavam lançar um novo modelo de passageiros
que se adequasse às normas do GEIA no que diz respeito à categoria automóveis.
Esse
veículo teria uma capacidade mínima para o transporte de 4 pessoas e seria
muito semelhante ao modelo alemão Zündapp Janus (fotos acima e abaixo)
O
motor ficaria entre os eixos, com o layout dianteiro se repetindo à traseira,
dando a ilusão de que o veículo possuía duas frentes. No
compartimento traseiro seria acrescentado um segundo banco, voltado para trás.
BMW-ISETTA
600 - O Isetta existiu também em uma versão mais ampla, com 2 portas (uma
frontal e uma lateral) e 4 lugares, que na Europa se chamava “BMW-Isetta 600” e
foi produzido na Argentina como “De Carlo 600”. A transmissão era convencional
(por árvore, em vez de corrente), havia diferencial e o câmbio também era de 4
marchas, com opção de embreagem automática Saxomat. A porta lateral foi
acrescentada por questões de segurança (saída ou resgate em acidentes). O
modelo “600” media 2,90m de comprimento, 1,40m de largura, 1,70m de distância
entre-eixos e pesava 515 kg. O motor de 582 cm3 rendia 19,5 cavalos e alcançava
a velocidade máxima de 100 km/h. De 1957 a 1959 a BMW produziu 34.318 unidades do
modelo que poderia ter sido a salvação da linha, no Brasil.
ISETTA
- MOTOR VW (USA) - Nos Estados Unidos, Verner Marler, um brasileiro (gaúcho)
que reside nos EUA, há poucos anos decidiu trocar o pacato motor de 250cc de
seu Isetta-BMW por um motor Volkswagen refrigerado a ar 1.500cc, retirado de um
Karmann-Ghia 1971. O câmbio também é o do VW, com 4 marchas. A bitola traseira
foi diminuída em 12 polegadas (30,4cm) e foi suprimida a suspensão traseira,
ficando todo o conjunto rígido. O cilindo-mestre do freio também foi
aproveitado do VW e o sistema elétrico passou de 6 para 12 volt’s. O carrinho
recebeu barras auxiliares e rodas traseiras, no estilo dragster, já que a
dianteira é muito leve e o carro empinaria com facilidade. A carroceria custou
300 dólares e a transformação consumiu apenas 1.500 dólares, incluindo pintura
da carroceria e cromeação total do motor.
ISETTA
COM MOTOR VW REFRIGERADO A AR - em 1972 o dentista brasileiro Eraldo Bellemo
comprou um Romi-Isetta e utilizou-o normalmente até 1987. Quando o motor
original pifou de vez, ele pensou em instalar um propulsor BMW de 297 cm3. Na
impossibilidade de obter esse motor, estudou diversas opções como usar motor de
motocicleta, do VW Passat e até da Kombi diesel (com o radiador na porta
dianteira), mas no fim das contas optou pelo motor VW boxer refrigerado a ar,
1600 cm3, retirado de um Gol BX com dupla carburação e movido a álcool, que
coube no reduzido espaço. Com a adaptação do câmbio VW, teve que alterar o
rodado original na traseira em relação ao projeto original (que não tinha
diferencial), ficando as rodas traseiras mais "para fora". Duas abas
foram incorporadas à carroceria para cobrir as rodas traseiras, sem afetar o
equilíbrios das linhas, e servem como para-lamas. Os freios, a tambor, vieram
de uma picape VW Saveiro, e foram usinados para caberem nas pequenas rodas de
10 polegadas. A suspensão traseira veio de um Fiat 147, o que proporciona
melhor efeito dinâmico. Por fim, o escapamento é o da Kombi diesel, com
catalisador. O painel de instrumentos veio de um carro inglês, o Triumph 1960.
O tanque de combustível original (13 litros) foi substituído por outro de 32
litros. Com todas essas modificações o proprietário informa o consumo médio de
13 Km/l com álcool, e velocidade máxima de 100 Km/h - culpa das rodas pequenas.
A cor original da carroceria (laranja e branco) foi substituída pelo preto.
DIASETA
- em 1980 o empresário Humberto Dias – do ramo de autopeças, de São Bernardo do
Campo/SP – apresentou o protótipo de um novo Isetta na “Exposição da Pequena e
Média Indústria”, realizada na capital paulista durante a “Brasil Export 80”.
Rebatizado
como Diaseta (fusão de seu sobrenome com a marca original), nada mais era que
uma réplica do conhecido Romi-Isetta com algumas alterações, como pára-choques
inteiriços, faróis e luzes de direção integrados ao dianteiro e duas tomadas de
ar laterais.
As
lanternas traseiras eram as mesmas do recém-lançado VW Gol, incluindo luzes de
ré (ausentes no modelo original). O teto solar foi cogitado para “aumentar a
segurança” (afinal, a única porta ficava na dianteira e se ela ficasse
emperrada em decorrência de uma colisão?...).
O
para-choque maior (novamente em nome da segurança) implicava na redução da base
da porta. No painel foram adotados instrumentos do Fiat 147, modelo 1980.
Humberto Dias pretendia fabricar o motor a partir do projeto original da BMW, o
que demonstrava o nível de desconhecimento das dificuldades envolvidas. Apesar
de o momento ser propício a carros compactos e econômicos, o surgimento de outros
ultracompactos na mesma época (como Alcar, Dacon 828, Economini, Fibron 274,
Mignone, Gurgel Xef etc), acarretou no engavetamento do projeto e o Isetta
original passou definitivamente para a memória dos saudosistas.
RÉPLICA
NACIONAL DA ROMI-ISETTA: https://www.youtube.com/watch?v=LySvG33IV7M
CADASTRO
NACIONAL DE ROMI-ISETTAS
Placas cinzas, pretas ou MERCOSUL:
AYR1958 – ASR1959 - BHI8916 – BHM3761 – BVZ9121 - CJJ1957 – CTH1959 – CVS1959 - CWC7344 - CXX1958 – CYF6159 –
DBQ1959 – DDH6959 – DEW7417 - DEW7437 – DFV1959 - DKH1957 – DKN1958 – DKN1959 –
DKR1957 - DRR1959 – EEX1958 - EGJ1959 - EIQ4423 - EIX1959 – EQX1958 – ETL7887 –
ETP1956 – FDX1958 - FFZ1956 – FFZ1958 – FHT1958 – FNN1961 – FRB1956 - FRI1959 –
FTA1959 - FVU1957 – GJN1958 – GVZ4812 - IEO1957 - IIN1394 – IMC1957 – KHE1959 –
KRK0097 – PXS6726
Total:
45
exemplares
Última
atualização em 5 de setembro de 2018
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