ESPLANADA/REGENTE
O modelo REGENTE era, portanto, a versão básica
(despojada).
A nova dupla ESPLANADA/REGENTE aproveitava do CHAMBORD as seguintes partes: cabine, portas, calotas, painel/volante e o conjunto mecânico, mas a dianteira e a traseira foram totalmente redesenhadas.
Os grandes faróis, de formato circular, eram envolvidos por uma grossa moldura cromada em forma de hexágono, com lente de vidro e o pisca horizontal na parte superior.
A grade do motor, toda cromada, era composta por frisos finos que avançavam até a extremidade, por baixo dos faróis.
As lanterna
traseiras eram verticais e bem delgadas, também envolvidas por uma moldura
(cromada no ESPLANADA, mas pintada no REGENTE).
Os pára-lamas dianteiros, por exemplo, quando vistos de
lado, davam a impressão de terem sido abalroados e de “engordarem” ...
Interessante era o meio-teto de vinil “Las Vegas“ (abaixo), mas que
não emplacou. Mais tarde esse recurso estilístico foi empregado, com sucesso,
no Ford Maverick, no Chevrolet Opala e, também, no Dodge Magnum.
Confira, abaixo, como teria sido interessante a perua Esplanada:
Mas a dupla ESPLANADA/REGENTE tinha virtudes: boa estabilidade, suspensão eficiente (que proporcionava um rodar suave e estável) e bons freios, além de um estilo ainda palatável.
Por estes motivos, a Chrysler decidiu enviar uma unidade de
cada modelo para a matriz, nos Estados Unidos, que determinou 53 modificações.
1967 – Em fevereiro desse ano a Chrysler paralisou a
produção dos veteranos CHAMBORD e JANGADA.
Em março os primeiros funcionários da matriz chegaram ao
Brasil e a Simca do Brasil passou a se chamar Chrysler do Brasil S/A Indústria
e Comércio.
Em agosto o ESPLANADA e o REGENTE receberam a plaqueta
“Fabricado pela Chrysler”.
Em setembro o norte-americano Victor G. Pike assumiu a
presidência da montadora, no Brasil, e sua primeira medida teria sido mandar
LAVAR o chão da fábrica, o que acarretou na paralisação de 3 dias de produção.
Dos 1.700 funcionários remanescentes, 500 foram despedidos.
O único setor que ganhou mais funcionários foi o da... faxina! Mesmo com o
corte de pessoal, três meses depois a produção aumentou de 18 para 20
unidades/dia.
A Chrysler investiu muito nos dois modelos, chegando até a
fazer merchandising no filme “Roberto Carlos em ritmo de aventura” - Fotos
abaixo:
O volante (até então o mesmo do Simca 1959) foi trocado por
outro menor e mais moderno, enquanto o painel recebeu cobertura estofada e
novos instrumentos, redondos, herdados da descontinuada linha DKW.
A sobre-marcha 6-M deixou de ser oferecida e os motores
foram padronizados e unificados no Emi-Sul básico, de 2.400 cc e 130 cavalos.
A garantia original - de 1 ano ou 20.000 Km - passou para 2
anos ou 36.000 Km.
Abaixo, as diversas dianteiras, traseiras e interiores do Esplanada, Regente e GTX:
Também foi exibido no Salão uma nova versão esportiva, denominada GTX, com câmbio de 4 marchas e alavanca no assoalho, console com relógio e cinzeiro, bancos dianteiros individuais, volante Walrod, rádio e conta-giros.
A grade do motor era parcialmente pintada de preto.
Havia faixas laterais na cor preta e outros truques que
rebaixavam o carro, visualmente.
Opcionalmente eram oferecidos faróis auxiliares, teto de
vinil, duas falsas entradas de ar no capô, espelhos retrovisores externos
montados nos pára-lamas e cintos de segurança no banco traseiro. Era um
esportivo bastante interessante; pena que chegou tão tarde...
1968 – No Salão do Automóvel de 1968 a Chevrolet apresentou ao mercado o OPALA, o que provocou um “terremoto” no segmento de sedan médios, deixando evidente a defasagem tecnológica dos demais concorrentes (FNM 2150, AERO WILLYS 2600/ITAMARATY e ESPLANADA/REGENTE), que por sua vez foram projetados na década de 50...
O ESPLANADA modelo 1969 ganhou pintura metálica e bancos
dianteiros individuais e câmbio de 4 marchas no assoalho (opcionais), ficando
as cores sólidas para o REGENTE.
1969 – O encerramento da produção do Esplanada, Regente e
GTX não ocorreu de maneira abrupta; na verdade, seguiu um bem estruturado
cronograma de encerramento da produção de um produto “velho” e do início de
produção de um novo veículo, com novos maquinários em novo layout da fábrica.
O Dodge Dart foi lançado em novembro, encerrando a história
dos modelos da Simca no Brasil.
Baseado no modelo americano do ano anterior, o Dodge Dart brasileiro foi lançado em outubro de 1969, em substituição aos Esplanada, Regente e GTX, inicialmente na versão quatro portas, com motor V8 de 5.212cm3 e 198 CV, criando uma nova faixa de mercado localizada entre o Gálaxie, o Itamaraty e o Opala 3800.
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