O
moderno motor de 4 cilindros 2.3 OHC (102 cv) só chegaria ao Maverick em 1975,
quando as vendas do modelo já estavam descendentes.
Sua chegada aposentou de
vez o vetusto motor 6 cilindros.
Com esse novo propulsor (o menor da linha) o Maverick ia de 0 a
100 Km/h em 18,2 segundos, alcançava a velocidade máxima de 153 Km/h e tinha no
baixo consumo seu maior trunfo: de 9 a 10,5 Km/l, conforme a versão do carro.
Se no Maverick o desempenho desse motor 4cilindros foi bem aceito, poderia ter gerado uma verdadeira versão
esportiva no Corcel e até ser utilizado no luxuoso Del Rey, de 1981. Na
verdade, quem utilizou esse novo motor (além do Maverick) foi o Jeep e a Rural.
Em
1976 as novidades se limitavam a novas cores, mas em novembro foi apresentada a
linha 1977, que trouxe frescor às linhas do carro.Na linha 1977 o
Maverick ganhou nova grade do motor, com retângulos verticais, novo logo (também
vertical), novas (e maiores) lanternas traseiras, de “3 gomos”, novas calotas e
frisos, freios de duplo circuito, nova suspensão dianteira e alavanca do câmbio
automático no assoalho (com console) – opcional reservado à nova versão top LDO.
A nova versão topo de linha (LDO) foi a sucessora da Super Luxo e se diferenciava das demais pelas novas cores, frisos maiores nas laterais, super calotas e luxuosa forração (exclusiva) das portas e bancos, que podia ser monocromática.
Nesse ano surgiu a versão esportiva GT4 (com motor 4 cilindros) – nada convincente. Esta versão tinha por objetivo disputar cliente com o concorrente Chevrolet Opala SS4...
FIM DA LINHA
O
massacre do rival Opala (havia outras opções no mercado, como os Dodge Dart e
Polara e o Alfa Romeo 2300), do VW Passat e até mesmo o lançamento do Corcel II
ajudaram a abreviar a vida do Maverick no mercado nacional.
De
1973 a 1979 foram comercializados 96.227 modelos Cupê (89% do total de 108.106
veículos), e destes somente 10.573 da versão esportiva GT.
A carroceria Sedan
teve 11.879 unidades produzidas (quase 11% do total), o que pode ser explicado
por diversas razões:
-
as linhas do Maverick sugeriam esportividade, o que não combinava muito com a
carroceria sedan de 4 portas;
-
o mercado nacional da época era inclinado aos modelos com 2 portas; e
-
o Sedan “esbarrava” no irmão maior Gálaxie, de categoria superior, e onde as
portas traseiras “faziam mais sentido”.
PERUA MAVERICK
Concebida pela
Concessionária Ford Souza Ramos (SP), em 1976, só estreou em 1978, quando as
vendas irrisórias prenunciavam o fim do modelo.
Como a Ford se recusou a vender
veículos semiacabados (o que diminuiria substancialmente os custos de
transformação) a Souza Ramos tinha que trabalhar em um Sedan completo.
Dessa
forma a transformação custava 40% do preço do carro e, de quebra, eliminava a
garantia de fábrica.
Para o potencial comprador, o carro sairia muito caro.
A
solução seria transformar os carros usados dos proprietários interessados na
versão perua.
A Souza Ramos – e apenas elas – oferecia uma garantia pelos
serviços executados.
O tempo necessário para produzir a perua variava de 30 a
60 dias.
Leia
a matéria que preparei especialmente para a perua Maverick, em http://carrosnacionaisantigos.blogspot.com/2017/12/ford-maverick-station-wagon-e-cadastro.html
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